sábado, 19 de fevereiro de 2011

 
RJ: Dia Nacional contra o Aumento das Passagens!
Passe-livre já, Brasil!

No RJ, ainda não ocorreu o aumento das passagens de ônibus. Mas sabemos que é apenas uma questão de tempo. Além disso, contamos aqui com uma das maiores tarifas do Brasil, R$2,40. Nesse sentido, realizamos uma manifestação neste dia 17, como parte do dia nacional contra o aumento das passagens, prestando nossa solidariedade a luta dos estudantes de todo o país.

Se ainda não houve aumento das passagens, por outro lado, já está em vigor o novo corte do governo ao passe-livre dos estudantes cariocas. Desde que foi conquistado, na década de 80, através de muita luta, o passe-livre vem sofrendo cortes, restrições e tudo mais. Mas nós não permitiremos mais restrições. Nesse sentido, cerca de 200 estudantes cariocas saíram às ruas com a exigência de passe-livre irrestrito. Só assim poderemos ter uma educação de qualidade. Esta primeira movimentação não é a última. Está guardada no seu interior a preparação do tradicional Ato do 28 de março, que promete ser muito maior.

Os estudantes cariocas farão um coro uníssono com os estudantes de todo o Brasil, através da ANEL, para exigirmos a Dilma a instauração do passe-livre irrestrito e nacional para que seja assegurado nosso direito a educação, cultura e lazer!
                                                       Executiva Estadual ANEL-RJ


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011



Nessa quinta(17/02) a Juventude vai às ruas...
Dia Nacional Contra o Aumento da Passagem! PASSE-LIVRE Já, Brasil!
A partir das mobilizações estudantis em diversas capitais do país contra o aumento da passagem, a ANEL convoca todos os estudantes a irem às ruas no dia 17 de fevereiro, varrendo o Brasil de protestos que exijam a imediata redução do valor das tarifas e mais qualidade no transporte público. Além disso, faremos ecoar em uma só voz uma exigência ao governo Dilma que sancione a Lei Federal do Passe-Livre Nacional, para estudantes e desempregados. O acesso à educação e a cultura é um direito constitucional, e só através de muita luta iremos conquistá-lo!
Nessa QUINTA, todos às ruas!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

NOTA ANEL
Estudantes do Rio de Janeiro em solidariedade às vítimas da chuva.
Chega de mortes! Exigimos medidas dos governos já!

Em abril do ano passado diversos estudantes se reuniram na 2ª Assembléia Estadual da ANEL, realizada no campus da Praia Vermelha da UFRJ. Tínhamos acabado de presenciar uma enorme tragédia na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói, onde uma forte chuva e enchente haviam destruído lares, provocado desabamentos, matado mais de 300 homens, mulheres e crianças e deixado desabrigados mais de 70.000. Todas as semelhanças com o que vivemos atualmente em nosso Estado, na região Serrana, não são meras coincidências.
Foram cenas chocantes que rodaram o mundo de mortes, a correnteza da água invadindo casas, morros desabando, prédios, casas e escolas indo abaixo. A famosa Praça do Suspiro, local turístico de Nova Friburgo, se transformou num mar de lama. Já são mais de 600 mortes, até onde se pode calcular. Vidas que não voltarão mais, que foram levadas junto com a forte tempestade.
O sentimento de dor e revolta que vem a todos os brasileiros ao presenciar cenas como essas nos fazem refletir se toda essa desgraça não poderia ter sido evitada. Pensar que estamos reféns dos desastres naturais é muito fácil para não enxergamos responsáveis por essa tragédia. A chuva foi muito forte, disso não há dúvidas. Mas o homem, ao longo da história com todo o avanço da ciência, já conseguiu prever enormes desastres naturais e construir edifícios que suportam furacões e terremotos. Por que então não conseguimos evitar todas essas nefastas conseqüências?

Precisamos de investimento dos governos para evitar novas mortes!
Em abril do ano passado, após as discussões da II Assembléia Estadual-RJ, a ANEL lançou uma Campanha chamada “O Rio Por Água Abaixo – Uma saída social para os problemas do Rio de Janeiro”. Através dela, estudantes de todo o Estado organizaram em suas escolas e universidades arrecadação de doações de roupa e alimentos, além de materiais de divulgação e conscientização dos problemas que estavam por trás dessa tragédia. Dessa vez, não faremos diferente.
O governador do Estado, Sérgio Cabral, deu uma declaração se eximindo de culpa, dizendo que não era possível prever a força da chuva e tirando a responsabilidade dos governos. Além, mais uma vez, de culpar a população por morar nas encostas dos morros, como se tivessem muitas opções. Ora, mas se os governos não são os responsáveis, quem é? A própria população, trabalhadora, que recebe baixos salários e não tem moradias populares com a segurança necessária? Ou então a natureza, que não devia fazer chover com tanta força?
Apenas em 2010, 60% do orçamento estadual pra prevenção de enchentes simplesmente não foi usado. Fala-se muito dos investimentos que o Rio vai fazer ao sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, mas não se ouve falar de uma política séria de prevenção dos acidentes naturais, saneamento básico, moradias populares, etc.
O problema é que depois de um desastre como esse, fica evidente que quem mais se prejudica é a população pobre, os trabalhadores, que não tem condições de ter moradias seguras. Um exemplo categórico disso é o da favela Campo Grande, em Teresópolis, onde centenas de pessoas foram mortas soterradas e logo em frente à favela está uma das mansões de luxo da família Marinho, donos da Rede Globo, que passou intacta ao temporal. Essa é a lógica de funcionamento da sociedade capitalista. Impõe uma enorme desigualdade entre os seres humanos que explica porque mesmo com um governo atrás do outro, com mais e mais promessas, não há mudança qualitativa na vida da população mais pobre, nos colocando reféns de situações como essa. 
E agora, o que fazer? Devemos esperar um novo desastre, deixar que se percam mais vidas no futuro? Nós, da ANEL, faremos o que estiver ao nosso alcance para cobrar dos governos medidas concretas que evitem que tragédias como essa voltem a se repetir, além de prestar toda a solidariedade às vítimas.

Nesse sentido, exigimos dos governos municipais, estadual e federal um poderoso investimento para dar novas casas aos atingidos, com a construção de moradias populares que tenham toda a segurança necessária; um plano estadual de obras públicas de saneamento e escoamento de água e para prevenção e contenção de encostas; melhorias e barateamento no sistema de transportes públicos. Precisamos de uma verdadeira Reforma Urbana no Estado do Rio de Janeiro, e por isso toda a população deve estar unida cobrando dos nossos governantes, dando o valor merecido no suor da nossa luta à vida de cada trabalhador e trabalhadora que nos deixou depois dessa tragédia. A ANEL coloca sua força a serviço disso e convoca os estudantes livres de todo o país a se somarem nesta Campanha, prestando solidariedade e lutando por um Rio de Janeiro melhor.  


Participe também da Campanha!
Para saber melhor como participar ativamente da Campanha, mande um email para anelrj@hotmail.com . Abaixo segue uma conta para efetuar depósitos e postos de coleta que estão recebendo doações.

Conta para depósito:
Banco do Brasil
Titular: Associação Coordenação Nacional de Lutas
Agência: 0249-6
Conta poupança: 38194-2
Variação: 91
Enviar cópia do comprovante do depósito para: cspconlutas-rj@cspconlutas.org.br
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Postos de coleta no Rio de Janeiro:
Sede da CSP-Conlutas e ANEL-RJ - Rua Teotônio Regadas, 26, sala 602, Lapa, Rio, Rio de Janeiro – RJ
Sindsprev-RJ - Rua Joaquim Silva, 98-A, Centro – Rio de Janeiro – RJ
Sepe-RJ - Rua Evaristo da Veiga, 55 – 8º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Assalto no Bandejão da UFF
O problema da segurança no campus universitário

ANEL exige mais investimentos numa expansão com qualidade! Mais verbas para a segurança nas universidades!

Nesta quinta-feira, 09 de dezembro de 2010, por volta das 16 horas, um homem armado entrou no campus da UFF, em Niterói, Rio de Janeiro, e assaltou a secretaria do Bandejão, levando cerca de 1,5 mil reais da venda de tickets. Este evento não surpreende mais os estudantes da UFF, e provavelmente a nenhum estudante de universidade pública no Brasil. Foi só mais um evento violento, que é recorrente nos campi. A violência é comum nos campi da UFF: assaltos a mão armada no campus, furtos a carros nos estacionamentos e mesmo nas salas de aula e corredores. Há tempos atrás, inclusive, verdadeiros saques foram perpetrados contra o patrimônio universitário, como no caso dos roubos de equipamentos didáticos da Faculdade de Educação da UFF.

Uma realidade de precarização nacional
Estes lamentáveis eventos são comuns aos estudantes, professores e funcionários de todas as universidades públicas do país. Não é um problema só da UFF. Os assaltos, furtos, e até estupros se alastram pelos campi: na UFPR, áreas sem iluminação do campus aumentam os perigos; na UFRJ até em sala de aula os estudantes e professores já foram assaltados a mão armada; na UFPA e na Rural do Rio os casos de estupros tiram a tranqüilidade das estudantes que transitam pelo campus.
Estes problemas têm culpados: as Reitorias e os governos. Primeiro, pela conivência, fruto da omissão neste assunto, pois no geral as instâncias governamentais não avançam em políticas para além de câmeras e muros nos campi, o que não resolve os problemas, como a realidade nos mostra (a UFF mesmo é murada e possui monitoramento por câmeras). Segundo, porque a (des)política de segurança é fruto dos sucessivos cortes de verbas na educação que sucateiam-na de conjunto, inclusive no quesito “segurança”: ao longo do tempo foram extintos e não-renovados por concurso os cargos de funcionários nesta área, e em outras; apostou-se na política de terceirizações, que não resolveram os problemas pois, além dos trabalhadores-seguranças terceirizados receberem salários muito baixos, trabalham em péssimas condições e sem a devida qualificação e segurança, ainda por cima a segurança no campus normalmente é voltada para o patrimônio, deixando de lado a segurança das pessoas que freqüentam o campus universitário.
E com a expansão precária que as universidades vivem agora, estes problemas tendem a se agravar, pois não há verbas suficientes para uma expansão com qualidade: a criação desenfreada de vagas não está acompanhada de investimentos que garantam a qualidade, como concursos suficientes de professores e funcionários, assistência estudantil, ampliação e modernização da infra-estrutura para todos. E também, claro, falta dinheiro para políticas de segurança!

A ANEL defende uma expansão com qualidade! Que inclua investimentos em segurança democrática!
Frente à esta realidade de precarização nas universidades, a ANEL defende um programa que garanta a segurança no campus universitário e, ao mesmo tempo, a integração da universidade com a sociedade. Não queremos uma universidade murada, entrincheirada contra o que a rodeia, pelo contrário, queremos que a população tenha acesso ao patrimônio do conhecimento produzido nas universidades, como bibliotecas, museus, cursos e projetos de extensão, e por aí vai. E que este acesso possa se dar com segurança!
Defendemos o fim da terceirização, com a incorporação dos quadros de trabalhadores existente hoje ao funcionalismo público; abertura de concurso público para ampliação dos quadros ligados à segurança; boas condições de trabalho, qualificação e valorização salarial; conselhos sobre segurança nos campi que integre no mínimo de forma paritária estudantes, professores, funcionários e membros da sociedade. E para garantir este projeto, integrado a uma expansão com qualidade das universidades, mais verbas para a educação!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Moção de Repúdio contra o método da agressão física no movimento estudantil.
Na madrugada do último dia 27 de novembro, durante a apuração das eleições do DCE USP, ocorreu um fato digno de repúdio por todo o movimento estudantil combativo. Carolina Peters, integrante da chapa Todas as Vozes, agrediu com um tapa no rosto uma militante do PSTU que compunha a chapa A USP que queremos. As entidades e organizações que assinam esta moção repudiam perante todos os estudantes o método da agressão física no movimento estudantil.

Que os militantes e ativistas do movimento não se agridam fisicamente é a condição mínima para que o debate de ideias seja, de fato, um debate de ideias. Portanto, se trata de uma luta democrática no interior do movimento. Por sua vez, essa concepção é condição para que o movimento seja reivindicado e respeitado pelo conjunto dos estudantes. Só assim haverá mobilizações e vitórias.

Chama atenção que o setor dirigente da chapa Todas as Vozes (MES) tenha sido conivente com tal agressão, na medida em que se recusou a retirar Carolina da apuração. Depois do tapa, foi a agredida quem teve de se retirar. Repudiamos, portanto, que organizações políticas que atuam no movimento tenham essa postura moral.

Chapa A USP quer queremos
ANEL
Juventude do PSTU
  • Envie email para anelivre@hotmail.com para incluir a assinatura de sua entidade

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Nota da CSP-Conlutas

O Rio de Janeiro é sacudido pela violência por culpa do governo.
Ataques generalizados comprovam a falência da política de segurança do governo Sérgio Cabral.

Mal terminaram as eleições os trabalhadores e o povo sofre ainda mais. Logo após o final da contagem dos votos os preços dos alimentos dispararam. Também subiram as tarifas. Ao mesmo tempo o governo mantém o arrocho salarial e pretende atacar os direitos dos trabalhadores e dos aposentados. Contudo para os trabalhadores fluminenses e cariocas o sofrimento é maior. Além do arrocho salarial e redução dos direitos, estes trabalhadores estão impedidos de sair às ruas sem colocar em risco sua vida.
Durante a campanha eleitoral Sérgio Cabral, candidato à reeleição, afirmava que sua política de segurança reduziria a violência nas comunidades mais pobres da cidade e do Estado. A vedete desta política era a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Porém a partir deste 21 de novembro a falsa propaganda eleitoreira foi desmascarada. Ficou claro, com um saldo de dezenas de mortes, que as UPPs são insuficientes para garantir segurança pública. Ao instalar uma UPP em uma comunidade carente, sem garantir emprego, salário, saúde, educação e moradia para os seus moradores a situação ali só piora. As incursões só têm como objetivo a criminalização da pobreza. A presença de blindados da Marinha e do Exército demonstra que Cabral e Lula só estão interessados em aumentar o pânico nas comunidades e acelerar as operações de remoções que já vinham ocorrendo. Não passa nem perto de um verdadeiro combate ao comércio ilegal de drogas.
Para um combate efetivo ao comércio ilegal de drogas e a corrupção o governo Sérgio Cabral teria que aumentar os investimentos para capacitar a polícia para perseguir e prender os financiadores das drogas e armas que chegam as áreas mais pobres. Estas drogas e armas não são produzidas nas comunidades, a grande maioria delas é importada. Passam pelas fronteiras, atravessam o país e a cidade até serem vendidas e consumidas. Os verdadeiros traficantes não são tocados. São empresários e banqueiros que financiam a violência para aumentar seus lucros. São responsáveis pelo sofisticado armamento e pela presença de drogas no Rio de Janeiro. Uma política conseqüente teria que começar pela descriminalização de todas as drogas, acompanhada de um tratamento médico aos viciados. Para de fato acabar com o tráfico ilegal é necessário a prisão e confisco dos bens daqueles que patrocinam este comércio, dos corruptos e corruptores. Mas isso não basta. Precisamos de uma polícia que reflita as necessidades da maioria dos trabalhadores e do povo. Para isso são necessárias a desmilitarização da polícia, sua unificação e democracia interna.
Por isso a CSP-Conlutas RJ defende a suspensão imediata de todas as incursões militares contra as comunidades. Estas operações só servem para aprofundar os assassinatos da juventude pobre e negra. Seu principal objetivo não passa de uma limpeza étnica para preparar a cidade para as olimpíadas e a copa. Convocamos todas as entidades e movimentos, a partir da nossa mobilização, para exigir do governo Lula e Cabral uma verdadeira política de segurança pública de qualidade para todos os trabalhadores e o povo. Devemos exigir a descriminalização das drogas; tratamento médico e assistência social para os viciados e seus familiares; desmilitarização da polícia e sua unificação; eleição pelas comunidades dos delegados; prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores; prisão e confisco dos bens para todos que financiam o comércio de drogas e o tráfico de armas; fim das remoções e da criminalização da pobreza. Para garantir segurança pública os governos devem garantir direitos como empregos, salários, saúde, educação, moradia e terra para o conjunto dos trabalhadores e do povo de nossa cidade, do Estado e do país.