quinta-feira, 4 de novembro de 2010



ANEL convida: Novembro da Consciência Negra
 


A luta do povo negro por liberdade, justiça e igualdade, contra a discriminação racial tem um de seus marcos no 20 de Novembro, o Dia da Consciência Negra. Foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Passadas décadas, a luta do povo negro não acabou. Sabemos que os trabalhadores e trabalhadoras negras de nosso país são principais reféns da violência e repressão policial. Essa situação, segundo o IPEA, é fruto de uma imensa desigualdade econômico-social que se agrava com a discriminação racial sofrida pela população negra.


UPP não é a solução!


No Rio de Janeiro, a política de segurança do Governador Sérgio Cabral vem exterminando a população trabalhadora, pobre e negra das comunidades. A nível nacional, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, comemorada pelo governo federal petista, nada mais é do que um rebaixamento das bandeiras históricas do movimento negro. O Estatuto aprovado suprimiu pontos importantes como as cotas para negros nas universidades públicas; as cotas para mercado de trabalho, assim como a redução do percentual de 30% para 10% de cotas reservadas à participação de negros em partidos políticos. Além disso, retirou o ponto que tratava da regularização de terras para remanescentes de quilombos. A retirada deste tema não considera os quilombolas como proprietários de territórios historicamente ocupados, como forma de sobrevivência física e cultural desta população. Desde seu início o governo Lula mostra que seu governo não está a serviço da classe trabalhadora desse país, mas sim aos interesses dos grandes empresários que exploram brutalmente essa mesma classe. Um exemplo deixa essa escolha clara: foi acrescentado ao estatuto que o governo poderá dar algum incentivo fiscal a empresas com mais de 20 funcionários que decidirem contratar pelo menos 20% de negros.


A Carne mais barata do mercado
é a carne negra...”


O cenário econômico, político e social é desfavorável para a classe trabalhadora mundial. O aprofundamento da crise econômica, que chega ao seu 3o estágio – momento de corte de direitos conquistados através de muita mobilização dos trabalhadores – está exigindo dos estudantes e trabalhadores europeus, muita disposição para barrarem todos os ataques de governos neoliberais e organizações sindicais e estudantis cooptadas por estes governos, que traem suas bases. Aqui no Brasil, o governo federal agora na figura de Dilma, já prometeu uma nova reforma da previdência.

Respeitem meus Cabelos, Brancos!”

É sob esse cenário que a necessidade da união dos setores mais oprimidos da classe trabalhadora se faz urgente. A ANEL, desde sua fundação trava o debate da necessidade da incorporação pelo movimento estudantil, da bandeira contra toda a forma de opressão como parte cotidiana de suas lutas. Por isso em sua primeira atividade nacional aprovou sua incorporação na campanha solidária e classista promovida pela CSP- Conlutas: “Solidariedade ao Haiti”. Agora, a ANEL faz um chamado a todos os DCEs, CAs, Grêmios, coletivos a estarem organizando no Estado do Rio de Janeiro “O Novembro da Consciência Negra”, que terá como eixo central o “Centenário da Revolta da Chibata” que faz o resgate da insurreição acontecida em 1910 na Baía de Guanabara. Marinheiros, em sua grande maioria negra, se rebelaram contra os castigos físicos que sofriam nas embarcações.
A memória desta Revolta, no Dia da Consciência Negra, nos compromete com a luta dos negros e negras e com o fortalecimento cotidiano da classe trabalhadora frente a todas as ofensivas dos governos fascistas que exterminam dia-a-dia a população negra e pobre do nosso país!

Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história não esquecemos jamais!”

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